Experiências Phygital e Vídeo Commerce no D2C: a revolução da jornada híbrida
- Wady Issa Fernandes
- 31 de out.
- 4 min de leitura

Em um mundo onde o físico e o digital já não competem — se fundem — o conceito de “phygital” se consolida como um dos pilares mais impactantes do marketing direto ao consumidor (D2C). E se engana quem acha que isso é exclusivo do varejo de moda ou tecnologia: indústrias tradicionais têm enorme potencial para embarcar nessa tendência e entregar experiências de marca muito mais imersivas, personalizadas e conectadas. 🌐✨
Segundo relatório da Emarsys, a linha entre on e offline já desapareceu para a maioria dos consumidores. Marcas D2C estão explorando desde provadores virtuais a vitrines interativas, além de transmissões ao vivo com demonstrações de produto e integração com plataformas de compra instantânea. Isso não só encanta, como também encurta o funil de vendas e aumenta a taxa de conversão drasticamente.
Neste artigo, vamos entender:
O que é experiência phygital na prática
Por que o vídeo commerce virou um canal estratégico no D2C
Como indústrias podem aplicar esses conceitos para se tornarem mais competitivas
Exemplos reais no Brasil e no mundo
E, claro, um passo a passo prático para começar
Vamos nessa? 👇
O que é experiência phygital e por que ela importa tanto 🧠💡
Phygital é a união dos mundos físico e digital numa mesma jornada do cliente. Na prática, isso significa usar tecnologia para integrar:
Interações em pontos de venda físicos com dados e personalização online
Experiências digitais imersivas que simulam (ou complementam) o ambiente físico
Comunicação em tempo real e canais interativos que aumentam o engajamento
Essa abordagem está virando padrão porque o comportamento do consumidor mudou. As pessoas compram por WhatsApp, exploram vitrines no Instagram, visitam lojas físicas para retirar produtos do e-commerce, escaneiam QR codes nas embalagens, fazem lives de unboxing no TikTok e esperam consistência entre todos esses pontos.
Segundo estudo da Deloitte, 62% dos consumidores consideram a integração entre físico e digital como decisiva na hora de escolher uma marca. Já era tempo das indústrias prestarem atenção nisso.
Como o vídeo commerce está dominando o D2C 📹🔥
Vídeo commerce é a estratégia de vender produtos e serviços por meio de vídeos ao vivo ou gravados. Isso pode acontecer via:
Live commerce: transmissões ao vivo com demonstrações, perguntas do público e botão de compra na tela (como no Magalu Live)
Shoppable videos: vídeos editados com hotspots de produto clicáveis, integrados a plataformas de e-commerce
Conteúdo interativo: vídeos com enquetes, tutoriais, demonstrações técnicas e vídeos “compre o look” ou “veja como funciona”
Essa tendência nasceu no varejo chinês com o Alibaba e tomou conta do mundo. No Brasil, empresas como Petlove, Amaro, Sephora, Magalu e Boticário já investem em formatos de live shopping e catálogos em vídeo. E por quê? Porque vídeo converte:
Taxas de conversão até 10x maiores que em páginas estáticas
Engajamento emocional mais forte
Menor tempo entre descoberta e decisão de compra
Prova social em tempo real
Exemplos reais de experiências phygital e vídeo commerce 🌍📲
🔵 Magalu: Live commerce com influenciadores
A Magazine Luiza criou um verdadeiro ecossistema de vendas ao vivo, com apresentadores, influenciadores e lojistas transmitindo diretamente da loja ou do estúdio. As lives são exibidas no app e no site, com botão de compra direto. Resultado: picos de vendas em produtos demonstrados ao vivo e maior conexão com a audiência. (Fonte)
🟣 L'Oréal: Realidade aumentada no teste de cosméticos
A gigante de beleza criou um app com tecnologia de AR (realidade aumentada) que permite testar maquiagens e tinturas ao vivo com a câmera do celular. Além disso, combina os dados coletados com sugestões personalizadas em tempo real. Exemplo de phygital puro. (Fonte)
🟢 Petlove: Vendas por vídeo e recomendações personalizadas
A Petlove aposta em vídeos tutoriais, lives com veterinários e vídeos integrados ao catálogo para humanizar a venda e aumentar o ticket médio. O cliente vê como usar os produtos antes de comprar. (Fonte)
🟠 Amaro: Prova digital, retirada física
A Amaro criou o conceito de guide shop — lojas físicas sem estoque, onde o cliente experimenta, compra digitalmente e recebe o produto em casa. Além disso, investem em vitrines com telas sensíveis e provadores com touchscreen. (Fonte)
🟡 Hering e QR codes nas lojas
Durante a pandemia, a Hering instalou QR codes nas vitrines e nas peças, permitindo que o cliente escaneasse e comprasse pelo celular — inclusive fora do horário comercial. (Fonte)
Como a indústria tradicional pode entrar no jogo phygital 🏗️🚀
Agora vamos ao que interessa: como aplicar isso em empresas industriais. Se você é diretor ou dono de uma marca que fabrica e vende (ou quer vender) diretamente ao consumidor, aqui vão caminhos práticos:
1. Digitalize o ponto de venda com interatividade
Instale telas com vídeos explicativos
Ofereça QR codes nas embalagens e estandes
Use totens interativos com simuladores ou sugestões de uso dos produtos
2. Crie conteúdo em vídeo para educar e engajar
Grave tutoriais técnicos e demonstre o uso dos produtos
Faça transmissões ao vivo com especialistas ou vendedores explicando soluções
Crie séries em vídeo mostrando bastidores de produção, inovação e impacto ambiental
3. Implemente AR e realidade mista
Use aplicativos que permitem visualizar o produto no ambiente do cliente (ex: móveis, peças de decoração ou equipamentos industriais)
Permita testes virtuais ou simulações com base em medidas reais
4. Ofereça integração total entre canais
Venda em marketplaces, redes sociais, site próprio e ponto físico de forma fluida
Permita ao cliente comprar online e retirar na loja ou agendar visita técnica
Unifique o CRM e histórico de navegação para manter uma jornada contínua
Benefícios diretos para a indústria 🧾💥
Aumento da conversão e do ticket médio
Redução de atrito na jornada de compra
Fortalecimento da marca e diferenciação no mercado
Redução de devoluções com testes virtuais
Melhoria na captação de dados para personalização
Conclusão: phygital é agora, não depois ⏳📌
Não é mais sobre se tornar digital. É sobre ser omnicanal e centrado no cliente. As experiências phygital e o vídeo commerce não são modinhas passageiras — são o novo padrão para consumidores exigentes que esperam conveniência, emoção e consistência em todos os pontos de contato.
Indústrias que quiserem se manter relevantes precisam pensar além da prateleira e investir em jornadas híbridas, conteúdos multimídia e canais que conversem entre si.
Esse é o caminho para se destacar no D2C em 2025 e além.





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